Antes de qualquer coisa, quero
destacar a importância do futebol na minha e na vida de vários jovens que
puderam desenvolver seus sonhos no esporte, com muita garra e força de vontade.
O futebol sempre abriu portas e construiu o caráter de muitas pessoas. A
integração social e o trabalho em equipe nos norteiam para a vida em sociedade
e o esporte é fundamental nesse papel.
O Fut7 tem se desenvolvido
cada vez mais e tem se mostrado uma categoria super competitiva. Na minha
visão, o futsal é a principal inspiração para os treinadores e atletas no
desenvolvimento dessa categoria. As situações de jogo e tomadas de decisão mais
rápidas que acontecem dentro da quadra de futsal ajudam muito no Fut7. Apesar
do campo ter dimensões maiores, o jogo costuma ser muito compacto e exige muita
movimentação e tomada de decisão dos atletas. Por esse motivo, resolvi tratar
desse assunto tão comum no futsal, que é a importância da troca do ala
com o pivô.
Quando falamos em quebrar
linhas defensivas, citadas em outros posts de outros treinadores, geralmente se
faz necessário a movimentação e troca de posições de alguns atletas,
principalmente os alas. E essa movimentação, na maioria das vezes, acontece sem
que o atleta esteja com a bola. E aqui chamo a atenção: a movimentação sem a
bola, para um jogo como esse, é fundamental para o andamento das quebras de linhas defensivas.
Portanto, o atleta que estiver
na ala, ao perceber que a marcação
está próxima e tirando a possibilidade de jogo, ele faz um movimento de retirar
o marcador daquela posição, geralmente saindo sem bola para a diagonal oposta,
abrindo uma zona de infiltração. O pivô,
que nesse momento está centralizado, ao perceber essa movimentação, se desloca
para a ala, geralmente com a perna dominante para o lado de fora, e recebe a
bola em profundidade. Ao receber a bola, desenvolve sua principal
característica que é de segurar a bola por um momento na ala, protegendo do
marcador até que outro companheiro aproxime. Esse movimento ajuda na quebra da linha defensiva, uma vez que
o ala criou uma zona de infiltração e a possibilidade para uma tabela ou a bola
sendo direcionada para o pivô.
Para que isso aconteça de
forma relevante no jogo, é importante que os atletas estejam entrosados e com um tempo de jogo desenvolvido.
Assim conseguem perceber a movimentação dos seus parceiros e se colocarem nos
espaços vazios que foram criados por movimentações sem a bola.
Para finalizar, ressalto
também a importância de manter o jogo pelas alas e com o time sempre bem aberto
no momento em que estiver com a posse de bola. Como o sintético traz uma
característica de maior dificuldade de conduzir, driblar ou dominar a bola, é
importante que o jogo esteja predominantemente nas alas, afastando o risco de perder a bola em zonas que o
contra-ataque é muito perigoso. E utilizando o meio da quadra para uma tabela
mais rápida ou para a utilização do pivô com finalizações de meia distância.
Foi um prazer poder contribuir
com o blog e com esse esporte, que é e sempre será uma paixão nacional.
Eliakim Lemos Vasconcelos
Brasília-DF
Técnico do Saideira Eterna Resenha e Futebol
Instagram: @eliakimlemos
*O blog Nós, Táticos! é escrito por treinadores e apaixonados pelo esporte. Suas opiniões não representam necessariamente o posicionamento da Confederação de Futebol 7 do Brasil.